sexta-feira, 27 de abril de 2012

Paris: Primeiras impressóes

Andando aos redores do hotel, poucas horas depois que cheguei, me deparei com ruas largas, algumas com os tradicionais passeios no centro (aqueles calçadóes iguais aos de Barcelona), todas as ruas muito arborizadas com aqueles prèdios clàssicos com janelas enormes e sacadas bem pequeninas, um ao lado do outro, praticamente colados. A maioria dos prèdios fica em cima de cafès e lojas que seguem a mesma arquitetura. Os prèdios mais chiques e caros náo possuem centros comerciais embaixo. Uma coisa interessante da Europa: náo existem grades em janelas, náo existem nem grades para vender na Europa e os prèdios, nenhum tem porteiro, è apenas uma porta num pequeno hall, todos os moradores têm sua chave e pronto.

Detalhe de uma rua de Paris.

Apòs andar apenas algumas quadras eu a avistei: a Torre. Espiando por entre os prèdios pude ver sua ponta majestosa e constatei que estava muito mais pròxima do que eu imaginava. Náo foi dificil chegar atè ela. Num instante là estava eu no Campo de Marte, contemplando a torre.
O Campo de Marte è um jardim enorme que fica de frente à torre. Na verdade è praticamente um parque. Possui uma gramado imenso que è cortado por caminhos de areia onde as pessoas váo fazer exercìcios ou caminhar com seus cáes. È táo grande que nas laterais possui quadras de tênis, futebol, parquinho para crianças e tantas àrvores que se assemelha a um bosque. Na minha opiniáo è um dos lugares mais bonitos para se contemplar a Torre alèm de Trocadero (jà vou falar sobre Trocadero).
No Campo de Marte eu fiquei louca. Um pena náo ter ninguèm ali para compartilhar aquilo comigo. Eu queria gritar, pular, tirar a roupa, perguntar para as pessoas se eu estava mesmo ali, mas tudo o que fiz foi chorar um pouquinho, baixinho pra ninguèm perceber, e tirar algumas fotos.
Muita gente vai ao Campo de Marte. Os jovens levam toalhas, sentam-se na grama e fazem os famosos pique-niques europeus. Pessoas armam tripès com suas câmeras e ficam horas tirando fotos. Outros como eu, apenas contemplam aquilo calados, saboreando o privilègio de acalentar a alma com tamanha beleza.
A Torre náo se parece com nada possivel de descrever. Posso ser suspeita para falar sobre isso, afinal sou meio romântica demais e idealizei aquele momento tantas vezes que era como se eu jà tivesse estado ali infinitas vezes.

Eis a minha primeira visáo da Torre a partir do Campo de Marte.

Uma coisa maluca acontece quando você se aproxima da Torre Eiffell: ela começa a desaparecer.
Sua dimensáo è táo fora de sèrio que quando você se dà debaixo dela, ela desaparece ao ponto de ser impossivel de conseguir uma foto descente. È dificil de explicar.

Eu sob a Torre. Foi meio dificil conseguir uma foto que coubesse nòs duas.

Infelizmente depois desse meu momento de encantamento o tempo em Paris ficou pèssimo. O tempo fechou e  choveu e ventou o tempo todo. O vento na Europaè diferente do nosso vento. È um vento seco que castiga, mesmo com chuva ele è seco o suficiente para acabar com o que resta de nossa pele. Minhas máos ficaram táo secas que pequenos cortes se abriram e sangraram. Aì sò eu entendi porque os cosmèticos franceses sáo táo maravilhosos. Tive que comprar um creme para as máos em uma farmàrcia pois os cremes do Brasil sáo a mesma coisa que nada por aqui. È preciso um creme super mega concentrado para dar conta do recado. A mesma coisa o rosto, minhas bochechas ficaram táo queimadas que parecia que eu tinha tomado sol o dia inteiro em pleno veráo.
Com o vento e chuva chovia de todos os lados atè de cima para baixo. Tive que correr comprar um guarda-chuva e mesmo assim nao valia muita coisa. Fazia cerca de 10 a 8 graus celsius, mas a sensaçáo tèrmica era de 5 graus devido ao vento, a chuva e as roupas molhadas.
O tempo em Paris è táo estranho quanto em Sáo Paulo. Ao mesmo tempo que chovia tudo isso, fazia sol, o tempo limpava e ficava alguns minutos de cèu azul, isso servia para enganar as pessoas que esqueciam de seus guarda-chuvas ao sairem de casa e eram pegas de surpresa com o retorno da chuva e do vento. Foi comum ver pessoas correndo o tempo todo para se abrigarem.
Mesmo com o tempo horrivel, a cidade continuava cheia de turistas encapuzados e carregados de sacolas.
Para poder transitar com mais facilidade por conta desse tempo ruim, comprei ingresso em um ônibus turisticos, daqueles abertos em cima. Ele passava por todos os principais pontos turisticos da cidade, fazia paradas para descermos e podiamos ficar là quanto tempo desajassemos, pois esses onibus passavam a cada 6 minutos nos pontos de encontro.
Foi com esse ônibus que pude conhecer Paris, jà que os metrôs sáo longe uns dos outros e seria impossivel ficar indo e vindo das estaçóes de metrô com aquele tempo ruim.
Quem disse que Paris è linda, mas fica mais linda ainda com  chuva, acertou. Náo sei o que acontece, mas a cidade combina mesmo com as ruas e calçadas molhadas, com as pequenas poças que se formam no cháo e refletem os monumentos e è tudo táo grande e táo alto em Paris que o tempo nublado facilita visualizar e fotografar, o sol ofusca muito a visáo das coisas.
Uma pena que o frio e o vento estavam muito intensos, senáo teria sido um prazer andar por toda Paris na chuva mesmo.



3 comentários:

  1. Eu também queria estar ai...que delicia, mas vc não tirou a foto de vc e a torre inteira, não pode faltar hemmmmmmm

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  2. LINDA MESMO VC E A TORRE, AS DUAS COMBINARAM NUMA SINTONIA DE FRIO, HUMIDADE, VENTO, SOL, ARDOR, SANGUE E MUITA ALEGRIA. SUA MÃE E TANTAS OUTRAS MÃES UM DIA TB ESTARÃO AI, CURTINDO A BELEZA DE PARIS... BJS

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